quinta-feira, 20 de novembro de 2014

O POETA CIGANO



O BARCO E O PANO
Não sei se sou mais poeta,
Ou se serei mais cigano...
Seguir em frente é uma meta,
Viver de verso é um plano.

Ter canto em mim introjeta
Um não sei quê de insano:
Não sei se sou mais poeta,
Ou se serei mais cigano.

A minha lida é direta,
Eu ando e verso, ano a ano,
Não sei se sou mais poeta,
Ou se serei mais cigano.

Não sei se sou mais poeta
Ou se serei mais cigano:
Na minha vida inquieta,
Sou barco, e o verso é o pano!
daVi gaLon

POETA E OU CIGANO
Por Santa Sara repleta,
De todo amor Mariano.
A vida assim se completa,
Não sei se sou mais poeta,
Ou se serei mais cigano.

Ter liberdade como meta,
E a alegria no traçar do plano,
Assim a felicidade é completa.
Não sei se sou mais poeta,
Ou se serei mais cigano.

Sou como viajante asceta,
Fugindo de todo desmando,
A natureza assim me completa.
Não sei se sou mais poeta,
Ou se serei mais cigano.

...Otacilio Pires.
(Após vários copos de cerveja)

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